BRASIL e PLC na conexão à internet em rede elétrica

As conexões de computadores em rede por meio de cabos e via wireless são bem conhecidas e discutidas atualmente. No entanto, há uma “nova” alternativa, o PLC (Power Line Communication).O PLC é estudado no Brasil desde 2001 que utiliza a infra-estrutura dos fios de rede elétrica para trafegar sinais de telecomunicações.




Como a frequência desses sinais é da ordem de MHz, e a energia elétrica trafega na faixa de Hz, os dois sinais podem conviver no mesmo meio físico, portanto, esta tecnologia não depende que exista energia elétrica, somente o meio físico.

O PLC usa uma faixa de frequência menor para a realização da gestão da rede de energia elétrica, como medição remota, automação, corte-religa, entre outros. Para o usuário se conectar a esta faixa, precisará de um módulo de PLC conectado na tomada e no computador.


O PLC na Europa, também conhecido como “HomePlug” nos Estados Unidos, também pode ser utilizado para conectar desktops, equipamentos de som e outros eletroeletrônicos em rede.



Os módulos PLC prevêem estabelecer a conexão com cabos USB e Ethernet na conexão e configuração automática. O processo é o semelhante ao da criação de uma rede por meio de energia elétrica por wireless.

As incertezas na tecnologia do PLC, como os componentes relacionados com a eficiência do acoplador que realiza o ‘bypass’ do transformador (transportando o sinal de internet diretamente, enquanto a energia passa por indução de média para baixa tensão), o seu preço, e a falta de uma definição do IEEE (organização mundial de define padrões de conectividade) sobre a tecnologia apontando especificações sobre a camada física e o ‘medium access control’ para tal funcionar com freqüência abaixo de 100 MHz, que promete velocidade de 2 GB/s em situações de pico, afetam na evolução e implantação deste sistema de compartilhamento de internet banda larga via rede elétrica.

Conexão legal à internet via rede elétrica
O uso da rede elétrica para a oferta de banda larga está mais próximo de se tornar realidade no Brasil, já que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocou em consulta pública as regras para a implementação do serviço.

Visto que a falta de uma definição na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) sobre a freqüência que poderá ser usada no Brasil sem interferir em outras, como de rádio-amadores ou zonas de comunicação exclusivas das Forças Armadas.

A conexão à internet por meio de rede elétrica ainda não está disponível no País e tem sido testada por empresas como Eletropaulo Telecom, em São Paulo, Light no Rio de Janeiro, Copel no Paraná e Celg (Companhia Energética de Goiás), sem previsão de conclusão.

Com relação ao custo, acredita-se que o serviço de acesso à internet será compatível com as tecnologias existentes, e concorre com as conexões em banda larga por cabo, ADSL e Wi-Fi.

Novo cenário para as telecomunicações

A chegada da internet banda larga pela rede elétrica utilizando os chamandos PLCs, traz para o mercado as redes A2A e cria um novo cenário de telecomunicações no Brasil.

As concessionárias de energia criaram subsidiárias de telecomunicações, investindo milhões para passar um backbone de cabos de fibra ótica de centenas de quilômetros por boa parte de seus estados de atuação, sejam eles Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro ou São Paulo.

O fato é que ao fazer isso, essas companhias criaram a base de uma rede multisserviço apoiada em duas infra-estruturas (elétrica e ótica) que podem transportar ofertas como acesso à internet em banda larga, mas também serviços de telefonia, vigilância de segurança, telemedicina, IPTV e outros. Rede que será acessível pelos mais diversos equipamentos, sejam computadores, câmeras ou outros gadgets que precisarão apenas ser conectados na tomada.

E o PLC é a ponta-de-lança desse movimento. Tanto que as companhias de energia elétrica no Brasil estão inaugurando novos projetos da tecnologia que começou a ser investigada em 1999.

Companhias adeptas a banda larga pela rede elétrica

A Copel (Companhia de Energia Elétrica do Paraná), é uma das concessionárias que já tem um piloto em PLC, que está operacional até o final de 2007, atendendo a 300 consumidores curitibanos.

A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) estuda o uso de PLC para que a sua subsidiária de televisão a cabo Way TV transmita o sinal televisivo pela rede de energia já no início de 2008.

A Celg (Companhia Energética de Goiás), garantia que a oferta comercial para clientes corporativos e consumidores finais disponibilizada até meados de 2008.

*Fontes:
http://idgnow.uol.com.br/telecom/2006/11/03
http://computerworld.uol.com.br/telecomunicacoes



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